sábado, 24 de novembro de 2007

A-tchim de cantigas de roda

Era uma vez um dia desinteressado
e eu, desinteressante,
espirrei umas cantigas de roda
do-baú
mais umas canções e jingles
quaisquer
e ficou assim:

blum
bum
tchibum
tim
tim
a
ah
aah
tchim!
Atchum!
bum
bum
bumbum
bom
bom
bombom
bem
bem
meu bem
blém
belém
belém-belém, nunca-mais eu tô de-bem, até o ano-que-vem!

nem-vem-que-não-tem
vamos-todos-cirandar
sem dar meia-volta
volta-e-meia vamos dar

se essa rua fosse minha
caranguejo peixe era
o anel que tu me deste
era fogo e me queimou

eu mandava ladrilhar
a rua dos bobos número zero
choque-choque por aí
do berro que o gato deu
e quebrou as pedrinhas de brilhantes

atirei um pau no gato
mas não era vidro e não quebrou
o amor que tu me tinhas
era uma casa muito engraçada
mas era feita sem muito esmero

para o meu amor passar
cirandando cirandinha
abacaxi e piuí
do sambalelê
da cabeça remendada

eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou
que estou fervendo
melhor nem vir quente
quem bate é o frio
mas nem deixo você entrar
lãs e cobertores já comprei

um é pouco, três é demais
já dizia o caboclo
anda pra frente que atrás vem gente
mas a casa não tinha chão
nem parede com rede
só rede sem parede
e agora, josé?

o sapo lava o pé!
lá na lagoa não tem sabonete
mas ele lava porque quer
e não tem chulé
blé!

quem conta um conto
tira uns pontos
e agora é com vocês
se quiser, que conte outra vez!

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