quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Todo poeta deveria...

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saudar o sol e a lua
achar beleza no lixo
andar sempre com uma caneta (papel se arruma no bar)
puxar papo com desconhecidos
conversar com as estrelas
sentir o cheiro da chuva vindo
sair pra beber com os amigos (e ser carregado, eventualmente, já que os carrega tantas vezes também)
fazer promessas de amor
descumpri-las se a chama acabar
cantar sem saber a letra
dançar sozinho
perder-se numa estação de trem ou centro de cidade grande
escutar a música do vento
ter raiva de muitas coisas (e paixão por outras tantas)
perder a vergonha da cara com uma certa freqüência
presentear um poema
seguir as linhas das estradas
desenhar nuvens no céu
deixar-se fazer feliz por alguém
querer fazer alguém feliz
perceber a inutilidade de se contar o tempo
descontrolar-se e gritar sem sentido ao vento (pelo menos uma vez por ano)
olhar fotos antigas
espantar-se com mistérios numa gaveta velha
inimaginar o sentido da vida (apesar de sempre buscá-lo)
andar descalço
plantar
sentir cócegas da água
inventar desculpas
ler até bula de remédio, mas, principalmente, emoções das pessoas
maquinar planos
sofrer desenganos
nadar em lágrimas (de tristeza e alegria)
diferenciar os tons de verde da grama
visitar o Rio de Janeiro, ao menos uma vez (apesar de também amar outra cidade)
ter sonhos e medos
conquistar alguns de seus segredos
sair sem destino

...ser um pouco pretensioso (como eu)