segunda-feira, 9 de março de 2009

Close

reflexo de nariz. textura de bochechas. fios de luz, de cabelos. ímã entre dois corpos. ar quente. uma corrente fria de repente, cheiro de rua, de mundo. mundo? onde? distante, abstrato, inexistente. mundoaqui, mundonosso. nós, isto, isso. sempre. não, tempo só há fora. mundo é só o que se olha distanciado, fora do close. aqui é aqui. agora é sempre e é nunca, é sonho, é nada, a única realidade possível em meio a sonhos impossivelmente reais. esse excesso de realidade é o que cega as pessoas. aqui é diferente. você é só você e eu, simplesmente eu – sem precisar chamar nem Você nem Eu. posse é de fora, aqui há conexão, é conexão. eterna, num instante de leveza intensa. bem de perto, mais que dentro, quase fora.

2 comentários:

Gustavo Braga disse...

um tanto quanto "diabólico"!
a possessão impossível de ser possuída...

(você tem um dom engraçado, deveríamos filmar suas palavras, só uma sugestão obrigatória)

Pedro Sibahi disse...

achei quase sexual, de fato...
:P