hoje tomei um chá comigo pra ver se me acalmava
a ansiedade castiga o corpo, mas enriquece a alma
escolhi um chá da Índia porque me cheirou a sossego
mas a alma é vazia quando toda desprovida de medo
passei geléia de rosas na esperança de virar uma flor
sem fugir dos obstáculos, mas pra desafiá-los em cor
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
>>da mala
.areia
o deserto é um oásis de paz
dunas acima do céu
onde se encontram os sonhos
em pedras de tempo
se passa, se pisa, não pesa
o exagero evapora
o silêncio conversa
entende-se
o deserto é um oásis de paz
dunas acima do céu
onde se encontram os sonhos
em pedras de tempo
se passa, se pisa, não pesa
o exagero evapora
o silêncio conversa
entende-se
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
flagras.
- Mas pra quê tanta boca-aberta? É lindo, eu sei, mas já passou, o sol, o pôr do sol... Bruna?! (...) É realmente lindo, mas é um pôr do sol, só um pôr do sol, tem todo dia, você parece que fica aí hipnotizada!
- (Volta os olhos para o rapaz calmamente) Sim, é só um pôr do sol efêmero – e, de certa forma, eterno, porque acontece todo dia, as cores mudam, mas toda tarde o sol se põe. É que eu tenho essa mania de me espantar com a vida. (O rapaz a olha intrigado, da mesma maneira com que ela observa o céu). Pode ser qualquer coisa de repente e pode ser até algo muito esperado que, mesmo assim, me espanta. Como o sol se pondo, ou quando você segura minha mão e me sobe um arrepio, fico toda boba. Quase um susto!
*
e se ele já tiver me levado como os outros? e eu tiver me perdido mais um pouco. e tivermos dançado de improviso, e caído logo no riso. e se nem-sei-onde for aqui? e não souber como sair, como ficar, pra onde ir. e que já não falo, comigo, dele, mas com ele. e se as rimas já entortaram e os silêncios se descalaram. e aqueles doidos desendoidaram e ficou todo mundo boquiaberto. e no céu desencoberto, uma lua novata. e descobrir que aquilo tudo não serve pra nada. enquanto somes com as gravatas e eu não paro de descobertas.
- (Volta os olhos para o rapaz calmamente) Sim, é só um pôr do sol efêmero – e, de certa forma, eterno, porque acontece todo dia, as cores mudam, mas toda tarde o sol se põe. É que eu tenho essa mania de me espantar com a vida. (O rapaz a olha intrigado, da mesma maneira com que ela observa o céu). Pode ser qualquer coisa de repente e pode ser até algo muito esperado que, mesmo assim, me espanta. Como o sol se pondo, ou quando você segura minha mão e me sobe um arrepio, fico toda boba. Quase um susto!
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e se ele já tiver me levado como os outros? e eu tiver me perdido mais um pouco. e tivermos dançado de improviso, e caído logo no riso. e se nem-sei-onde for aqui? e não souber como sair, como ficar, pra onde ir. e que já não falo, comigo, dele, mas com ele. e se as rimas já entortaram e os silêncios se descalaram. e aqueles doidos desendoidaram e ficou todo mundo boquiaberto. e no céu desencoberto, uma lua novata. e descobrir que aquilo tudo não serve pra nada. enquanto somes com as gravatas e eu não paro de descobertas.
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